Bem e o que parecia inacreditável aconteceu mesmo: Trump chegou ao poder. Um dos homens mais ricos da terra é agora também um dos mais poderosos do planeta. Parece um conto de fadas mas ao contrário. Ou seja desta vez o vilão parece que triunfou mesmo (se bem que o conto ainda agora começou...).
Trump é agora um modelo a seguir para todos aqueles putos que se divertem a praticar bullying e que têm prazer na chacota e a fazer piadas sobre os defeitos fisicos dos outros. "Afinal é este o caminho para o sucesso" pensam eles.
Passaram poucos dias desde a tomada de posse e as medidas polémicas já começaram a aparecer. Os tratados ambientais vão deixar de se cumprir com o pretexto de estarem a prejudicar o desenvolvimento dos EUA, vão deixar de receber refugiados, o muro do México vai avançar, o Obamacare vai à vida, etc...
Por todo o lado há manifestações contra o Trump. Artistas dão a cara contra Trump. Pelo que a comunicação social nos mostra parece estar tudo contra Trump. No entanto não será bem assim. Na realidade ele só foi eleito porque votaram nele. Ou seja há pelo menos tantas ou mais pessoas a favor de Trump. E onde estão elas? Quem são elas?
A eleição de Trump deu-nos uma fotografia actual da realidade dos EUA . Uma realidade que ainda está presa aos preconceitos racistas e a um patriotismo bacoco e atrasado. Um país feito de gerações de imigrantes transforma-se agora numa nação xenófoba.
Asghar Farhadi, realizador iraniano do filme "O Vendedor", nomeado para Melhor Filme Estrangeiro, não vai poder ir à Cerimónia dos Oscars este ano devido ao decreto que Donald Trump assinou esta sexta-feira, impedindo a entrada de cidadãos vindos do Irão, Iraque, Iémen, Sudão, Síria, Líbia e Somália. A América fecha as suas portas. O pior é que o louco está lá dentro.