segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Viagem

Cabo Espichel - Junho 2007


"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
Viagem - António Gedeão


3 comentários:

Ana Dionísio disse...

Totalmente de acordo! O que importa é partir não é chegar. Porque não é o fim que nos ensina mas sim o meio de lá chegar que nos faz merecedores desse mesmo fim. Será?! :)

Anónimo disse...

gostei desse poema. o que conta realmente é ir em frente, sem "desanimar" com aquilo que nos possa contrariar. à que ir à luta e "partir" sem medo, mesmo que seja para um destino que ainda nao se conhece.
bjs. ve se adivinhas quem sou!

José Luís disse...

Não é muito difícil! És a minha mana :). Bjinho grande