quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Esperança

Ouvi esta história há uns anos numa noite de contos realizada na biblioteca de Beja.Não recordo alguns pormenores mas era mais ou menos assim:
Um avô, olhando para as chamas de três velas, começou a contar uma história ao neto:

-Era uma vez três velas assim cintilantes como estas que estás a ver agora. Estas velas eram especiais pois cada uma delas tinha o seu nome: Fé, Amor e Esperança. Elas brilhavam noite e dia sem nunca esgotarem a sua luz. Uma luz que dava volta ao mundo e que tinha o poder de iluminar até o local mais profundo e escuro da terra. Um dia a chama da Fé apagou-se e o mundo ficou ligeiramente mais escuro, assim como ficou a sala agora, depois de eu apagar esta vela.
O menino escutava com toda a atenção.O avô continuou:

- Certa noite, uma brisa atrevida soprou mais forte, então a chama da vela chamada Amor não resistiu e apagou-se também. O mundo ficou um pouco sombrio. Era difícil de conseguir distinguir as cores e as formas, tudo parecia cinzento como naqueles filmes antigos que o avô gosta de ver. Inexplicavelmente até as músicas pareciam cinzentas.

O menino mostrava-se preocupado dirigindo o seu olhar para a vela que ainda restava acesa. Então o avô passou carinhosamente a mão pela cabeça da criança e disse:

-Não te preocupes! Porque enquanto restar a chama da Esperança podemos sempre acender a chama das outras duas velas. E assim as chamas da Fé, Amor e Esperança poderão continuar a iluminar os nossos corações.

E segurando na última vela ainda acesa, o avô reacendeu as outras duas, a sala iluminou-se de novo e os olhos do menino voltaram a brilhar com entusiasmo.

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