segunda-feira, 25 de maio de 2009

"I'm Singing in the rain", Gene Kelly

Nunca vos apeteceu cantar e dançar à chuva?


(Cena do filme "Serenata à Chuva", considerado um dos mais belos musicais de sempre, realizado em 1952 por Stanley Donen)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O amor aos olhos da ciência...

O Fabuloso Destino de Amélie - Realizado por Jean-Pierre Jeunet (2001)



“Segundo os especialistas o desejo de encontrar uma parceira obedece, pelo menos, a três instintos independentes, que controlam os nossos actos através de vários neurotransmissores e ligações cerebrais.
O mais primitivo destes instintos é a luxúria que nos impele a procurar sexo com diferentes parceiras. Quer nos homens quer nas mulheres, a luxúria alimenta-se essencialmente de testosterona. As imagens obtidas através de ressonâncias magnéticas têm permitido identificar duas regiões cerebrais associadas a esta hormona do apetite sexual: o hipotálamo que está situado na parte mas profundo do nosso cérebro “reptiliano” e a amígdala, a chave para o processamento e memória de emoções intensas.
O segundo dos nossos instintos reprodutivos, talvez ainda mais forte que o anterior, é conhecido simplesmente pelo nome de “atracção” em aves e mamíferos e como “amor romântico” no caso dos seres humanos. Ao contrário da luxúria, que instiga a procriar com o mundo inteiro, o amor romântico é um sistema que organiza as nossas energias de forma intensa e selectiva em direcção a uma parceira favorita. Dito de outro modo, é o que sentimos quando encontramos a nossa “metade da laranja” e o nosso objectivo passa a ser conquistá-la. Segundo uma perspectiva evolutiva, é o instinto de adaptação que foca a nossa atenção nesse objectivo ideal e evita que desperdicemos tempo e recursos em candidatas secundárias. Os estudos de diagnóstico neurológico, com recurso a imagem do cérebro de homens e mulheres “loucamente apaixonados”, mostram uma actividade consideravelmente elevada numa região cerebral designada área vectrogmentária (VTA). As células da VTA fabricam e distribuem dopamina, um neurotransmissor fundamental para a motivação e recompensa. A dopamina motiva-nos a procurar comida, água, sexo e amor e recompensa-nos quando essa procura tem êxito. A dopamina parece transmitir uma mensagem quando o amor é correspondido: diz-nos “isto é bom”, “isto é fundamental para a nossa sobrevivência”…
O terceiro instinto tem o nome de “dependência” nos animais e “amor companheiro”nas pessoas. Este pode parecer menos atractivo que os instintos anteriores, mas é absolutamente fundamental na hora de estabelecer vínculos que serão vitais para a posterior colaboração entre o casal no cuidado dos filhos. Nos contos de fadas, este amor é o que acontece na parte do “tiveram muitos filhos e viveram felizes para sempre”, na vida real, surge, por vezes, quando os filhos já são maiores. O “amor companheiro” não vive do tudo ou nada, é antes um processo gradual que , segundo o que se sabe ate agora, é estimulado por outras duas hormonas que inundam o cérebro em momentos de intimidade física: a oxitocina, também conhecida pela “hormona do amor”, e a vasopressina, uma hormona segregada quando o corpo está com pouca água.”

Revista Men´s Health - Maio 2009


Será que tudo se resume a este caldo de hormonas e neurotransmissores que inunda o nosso cérebro? E para ti o que é o amor?