domingo, 25 de maio de 2008

Crescer

Por vezes pensamos conhecer bem o nosso universo interior, julgamos saber quais são os seus limites e fronteiras, controlamos as estrelas dos nossos sentimentos assim como as órbitas dos planetas das emoções. Por momentos quase que podemos assegurar ter algumas certezas inabaláveis.
Eis que, de forma inesperada, o universo dá uma cambalhota travessa e, ficando de pernas no ar, baralha todos os seus elementos. De um dia para o outro ficamos com as mãos cheias de estrelas, nebulosas, planetas, luas, cometas e meteoros. Olhamos para o céu vazio e queremos recordar onde estava cada um destes corpos celestes, queremos lembrar como brilhava aquela estrela antes ou em que sentido rodava determinado planeta mas por estranho que pareça não conseguimos…
Então, pouco a pouco, criamos uma nova ordem. Peça a peça vamos construindo um novo universo. Observamos que conseguimos colocar alguns elementos no lugar onde estavam anteriormente mas que existem outros que colocamos agora em posições completamente diferentes.
Reparamos então que as estrelas brilham agora com belas cores nunca antes vistas e começamos a amar o novo universo.
Reparamos que o universo é maior do que pensávamos, que o universo cresceu, que nós crescemos…

1 comentário:

Ana Dionísio disse...

Muito bonitas as tuas palavras. O ser humano passa por uma infinidade de transformações/alterações ao longo da vida. Não só do ponto de vista físico e fisiológico, mas a nível sensorial e emocional. E é impressionante constatar a nossa capacidade de adaptação e sobrevivência, é ainda melhor ver o que atitudes positivas conseguem fazer...que em tudo existe uma boa oportunidade, e a cada monento só temos de agradecer e apreciar a nossa vida e todas as coisas que a constituem.

bjs