Acredito que existem muitos amigos por ai apenas à distância de uma simples palavra.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Um Feliz 2008
Acredito que existem muitos amigos por ai apenas à distância de uma simples palavra.
sábado, 22 de dezembro de 2007
Perspectiva
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Há muitos, muitos anos...
domingo, 2 de dezembro de 2007
Um segundo no mundo
Num segundo uma estrela cadente percorre o céu e lembra que é Natal.
sábado, 1 de dezembro de 2007
*Chegou o Natal*
Chegámos ao mês desta festa tão especial. Aqui fica um "cheirinho" de Natal através de pequenos fragmentos de filmes que, de certa forma, comemoram e contam histórias desta época mágica...
FELIZ NATAL
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Estrelas que tocam o chão...
As outras crianças diziam que o desenho estava mal feito, que as estrelas não estavam no lugar delas e que não podiam estar tão em baixo.
Depois de pensar um pouco a educadora entendeu então o menino. Era uma criança de raça cigana e, de facto, à noite quando ela estava no seu acampamento longe das luzes e dos edifícios da vila, as estrelas brilhavam de forma mais intensa, a fina linha do horizonte que delimita o céu e a terra como que se diluía e de forma quase misteriosa desaparecia. O céu e aterra misturavam-se, confundiam-se e por vezes não se sabia bem onde terminava um e começava o outro. Assim havia algumas estrelas que pareciam tocar no chão. Era assim que aquela criança via normalmente as estrelas.
Ofuscados pelas luzes das nossas cidades e ocupados pelas nossas rotinas esquecemo-nos por vezes da forma como as estrelas continuam a brilhar acima de nós e de como elas por vezes parecem tocar a terra.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Escrever...
Não tomar remédio para baixar a febre de escrever.
Escrever para quê? Sobre o quê? De que modo? A que preço? Com todas as forças? Com quais fraquezas?
Esses e aqueles deslimites.
E o desejo vasto de encantar. Quem escreve quer encantar.
Já entendeu que é feiticeiro? Ou fada ou bruxa ou brincante?
Prepare o seu caldeirão de ritmos, sons, sabores, cheiros e substâncias.
Quem quer escrever, escreve. Principalmente, se terminou de ler um livro maravilhoso. Um livro maravilhoso escreve outros livros dentro da gente.
É preciso saber ler esses livros dentro da gente."
Stela Maris de Rezende - Esses livros dentro da gente
domingo, 4 de novembro de 2007
Árvore dos sorrisos
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Sonhar...
E nem olhou
sábado, 20 de outubro de 2007
Era uma vez...
Era uma vez uma princesa que vivia num reino longínquo. Esta princesa tinha uma beleza inigualável, mas tinha algo que intrigava todo o reino: nunca sorria, nada a fazia sorrir.
O rei preocupado com a tristeza da sua filha não sabia mais o que fazer. Era um rei poderoso dono de uma riqueza que fazia inveja aos reis dos reinos vizinhos. Certo dia decidiu mandar mensageiros em todas as direcções. Tinham ordens para que avisassem todos os reinos pelos quais passassem que o rei oferecia metade da sua fortuna a quem fizesse sorrir a sua filha. Além disso, quem conseguisse essa proeza poderia casar com a princesa.
Alguns dias depois começaram a chegar príncipes, duques, marqueses, condes e barões. Vinham de terras que nem o próprio rei conhecia. Cada um usava a sua opulência, o seu poder e os seus dons na tentativa de impressionar a princesa. Traziam-lhes os palhaços mais hilariantes do mundo, grupos de bailado, animais exóticos, mostravam-lhe diamantes raros, faziam esculturas e quadros da princesa, exibiam a sua própria beleza desfilando em magníficos cavalos, exibiam grandiosos espectáculos de pirotecnia…
- A princesa é uma menina mimada e embirrante!
- Diz que a moça não é muito boa do sentido, caiu do berço quando era pequena…
- É uma princesa muito estúpida, mal empregada coroa.
Desanimado e exausto o rei, sentou-se no seu jardim. Com o olhar firme no chão, viu aparecer uns pés descalços:
- Consigo fazer sorrir a princesa!
O rei olhou para cima e viu de quem era aquelas palavras que despertavam no seu coração uma pequena centelha de esperança. Era um jovem pobre, de roupas gastas pelo uso, que ganhava a vida cuidando daquele jardim, o jardim dos passeios de final de tarde dos reis. No olhar tinha a força inabalável da certeza com que dizia as suas palavras, e isso foi o suficiente para o rei permitir que o jovem tentasse.
Foi chamada a princesa ao jardim. O jovem nunca tinha visto tamanha beleza numa mulher. Por momentos ficou como que hipnotizado olhava para aqueles cabelos negros como a noite, uns olhos que pareciam mudar de cor cada vez que um raio de sol os encontrava, e uns lábios que…continuavam sem sorrir.
Como em todos os contos, a princesa casou com o jardineiro, viveram felizes para sempre (pelo menos até prova em contrário, tenho estado atento à imprensa cor de rosa e parece que assim continuam) e tiveram muitos filhos, todos com nomes tão compridos que tinham de ter uma lista telefónica só para eles.
Como todas as histórias esta história também dever ter uma moral. Como em todas as histórias cada um lhe retirará a sua própria moral. Na minha opinião ela mostra como a beleza está essencialmente nos olhos de quem a vê.
Terminada a história as portas da imaginação ficavam abertas e tinha início a brincadeira…
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Viagem
"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Coragem
domingo, 30 de setembro de 2007
Evasão
“Estas muralhas têm um estranho efeito. Primeiro odiamo-las. Depois habituamo-nos a elas. Quando passa muito tempo ficamos dependentes delas.”
(Red (Morgan Freeman) – Os Condenados de Shawshank)
Os Condenados de Shawshank é uma óptima adaptação para cinema da obra de Stephen King com excelentes interpretações de Tim Robbins e Morgan Freeman. Retrata a história de um homem inocente que é injustamente condenado a prisão perpétua. Ao contrário dos outros prisioneiros ele recusa a conformar-se e a deixar de ter esperança de um dia ser livre. De forma serena e discreta ele prepara a sua fuga ao longo de anos surpreendendo todos quando um dia a realiza.
As sociedades criam muralhas, barreiras físicas, muros de preconceitos, verdades que acreditam ser únicas e inquestionáveis. Ao fazê-lo sentem-se seguras, o seu mundo fica então organizado e previsível dando-lhes uma falsa sensação de harmonia. Talvez seja uma forma de as pessoas conseguirem viver menos amedrontadas ou talvez necessitem dessas muralhas para que possam viver sem correr riscos imprevistos.
Mas estranho efeito essas muralhas têm: em vez de proteger, isolam os homens, criam verdadeiras políticas de medo entre as nações, aumentam o fosso entre os ricos e os pobres e as desigualdades sociais, semeiam ódios baseados na raça, sexo ou religião criando ciclos intermináveis de violência.
De vez em quando alguém consegue fazer uma abertura através da muralha e passar para o outro lado. Aí consegue ver o quão ridícula é essa muralha, descobre que não existem verdades absolutas, surgem ideias inovadoras e a humanidade dá um passo em frente na direcção da tolerância, da liberdade e igualdade. Tal como o protagonista desta história levou anos a fazer um buraco através da parede da prisão com um pequeno martelo cinzelador, estas muralhas levam também, algumas delas, muito tempo para serem ultrapassadas requerendo perseverança e luta. Aquele que o consegue fazer será para uns, um herói, para outros um louco. Depende talvez do lado da muralha onde cada um se encontra.
Não sei como cada um pode colaborar para a destruição dessas muralhas. Talvez, se cada um de nós contribuir abrindo nem que seja um pequeno orifício nessas grossas paredes, mesmo algo que apenas permita dar um vislumbre daquilo que se pode esconder lá atrás, quem sabe com o conjunto de todas essas pequenas aberturas as muralhas acabem por se enfraquecer e se desmoronar. Talvez devamos começar por destruir as nossas próprias muralhas pondo à prova os nossos limites, livrando-nos de conformismos e preconceitos, pensando livremente abrindo assim caminhos nunca antes percorridos .
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Ainda o Amor...
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
All You Need Is Love - Movie Mix
"Ao toque do amor, qualquer um vira um poeta".
- Platão
Beja recebe emtre 28 a 30 de Setembro a segunda edição do Festival do Amor. Durante três dias o centro histórico da cidade de Mariana Alcoforado abraça e celebra o amor nas suas mais variadas vertentes.
O que é o amor? Acho que poderia encher este blog com definições e explicações e mesmo assim essa pergunta nao ficaria totalmente respondida. A razão talvez seja porque o amor não se explica, sente-se.
O amor sempre foi um dos temas principais da sétima arte, tal como o é na vida real. Aqui fica um pequeno brinde ao amor.
domingo, 23 de setembro de 2007
Conhecer alguém tem algo em comum com a leitura de um livro.
Tudo começa numa prateleira de uma livraria ou biblioteca. Um livro chama o nosso olhar, algo nos faz aproximar dele, segurá-lo, ler o seu título, sentir o cheiro das suas páginas… Lemos o pequeno resumo da história que ele tem para nos dar, abrimos o livro numa página qualquer e espreitamos curiosamente as suas frases. Depois surge aquele momento determinante, o momento em que decidimos se iremos dedicar algum do nosso tempo àquele livro ou se nos basta aquele pequeno fragmento.
Há livros que se lêem num abrir e fechar de olhos, livros maçudos que obrigam a repetidas viagens aos capítulos anteriores, livros pequenos com grandes histórias, livros com capas duras e pesadas (qual armaduras) difíceis de abrir, livros que expressam os mais complexos sentimentos com as mais simples palavras, livros que se tornam verdadeiros companheiros para toda a vida, livros com o poder de gravar frases no nosso coração, livros que relemos vezes sem conta e em cada leitura descobrimos um pequeno detalhe que nunca tínhamos reparado e que nos maravilha ainda mais …Há pessoas assim também.
O que nos leva a escolher um livro e não outro será sempre um mistério, dependerá talvez da nossa história, da história que queremos ouvir ou da história que precisamos ouvir em determinado momento. Conhecer um livro assim como conhecer uma pessoa é sempre uma aventura encantada que nos revela novos mundos e nos faz descobrir também um pouco sobre nós mesmos.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
A vida usa aquilo a que chamo “lição dos opostos” para nos lembrar o valor de coisas a que por vezes não damos o devido valor. Assim: usa os momentos de solidão para nos mostrar o quão importante é ter amigos, mostra-nos como não se deve amar para descobrirmos como realmente se ama, dá-nos o silêncio para que possamos saborear melhor cada música e cada voz, por vezes aprisiona com prisões de ferro ou de pensamento para que possamos encontrar os caminhos para a liberdade, oferece-nos o sabor da derrota para que as nossas vitórias sejam comemoradas mais intensamente, mostra-nos como por vezes o doce não é tão doce sem o amargo e que os raios de sol depois de uma tempestade têm um brilho especial.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
"Triste de quem vive em casa,
Contente com seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que lição da raiz -
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem! "
“As Virgens Que Fazem Muito Caso do Tempo
Apanha os botões de rosa
Enquanto podes.
O tempo voa
E esta flor que hoje sorri
Amanhã estará moribunda.
-Em, latim o termo para este sentimento é carpe diem (aproveita o dia) … Porque somos pasto para vermes, rapazes. Acreditem ou não todos nós nesta sala um dia vamos deixar de respirar, vamos ficar frios e morrer”
Assim começa a primeira lição do professor John Keating (interpretado por Robin Williams) no filme com o nome: Clube dos Poetas Mortos. Neste fantástico filme um professor de inglês é admitido num colégio particular para rapazes, os seus métodos de ensino pouco convencionais irão revolucionar as tradicionais práticas curriculares. Com a sua sabedoria e talento, este professor inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e a tornar as suas vidas extraordinárias.
Carpe diem, esta simples frase resume não só este filme como também uma filosofia de vida. Curiosamente esta expressão aparece já em textos do poeta romano Horácio (65-8 AC): Carpe diem, quam minimum credula postero (colha o dia, confia o mínimo no amanhã). Para mim esta expressão tem a ver com não deixarmos que a chama dos nossos sonhos se apague. Muitas das vezes deixamos para trás alguns sonhos, esquecidos, postos em segundo plano por uma rotina ou simplesmente constantemente adiados para um futuro incerto. Esta pequena frase invoca a capacidade de lutarmos pelos nossos sonhos, de seguir os nossos ideais e de tornar diferente cada dia.
Este filme recorda-me também todas aquelas pessoas que em determinado momento aparecem na nossa vida e que têm o poder de despertar uma pequena estrela adormecida do nosso ser, de nos alargar horizontes e de tal como o professor do filme, nos incentivar a subir para cima da mesa para ter outra perspectiva do mundo.